Crítica | Stranger Things – Season 1

Olá, caros leitores!

Como vocês devem saber, este aqui que vos fala tem uma paixão inabalável pelos anos 80. E recentemente, nossa adorada Netflix agraciou seus assinantes com mais uma série própria que não é nada mais nada menos do que uma grande homenagem a toda aura oitentista.

Demorei um pouco – acho que uns dois ou três dias – até me dar conta da existência da série, e como seria óbvio, eu a maratonei e vi tudo em uma madrugada. Hoje meus amigos, lhes trago minha crítica a está que é uma das séries mais legais que eu assisti nestes últimos tempos.

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“Estrelada” por Winona Ryder (Eduardo Mãos-de-Tesoura, Os Fantasmas Se Divertem) e Matthew Modine (Nascido Para Matar, Asas da Liberdade e uma pontinha em O Cavaleiro das Trevas Ressurge), Stranger Things conta a história de 3 crianças em busca de seu amigo Will Byer que desapareceu misteriosamente, contando com ajuda de mais uma garotinha com habilidades peculiares.

As aspas em estrelada são propositais, pois apesar de Ryder e Modine provavelmente serem os atores mais conhecidos pelo público geral, as estrelas da série são seus 5 atores mirins que simplesmente dão um show de atuação e me mostram que eu definitivamente não daria um bom ator. Sério, como eles conseguem se envolver tanto assim com um personagem!? Bom, talvez seja que nem jogar RPG…mas enfim, nunca vou saber como isso funciona.

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Winona Ryder atua bem, assim como todo o resto do elenco, mas fica claro quem são as estrelas da série desde o primeiro episódio.

Antes de falar sobre a atuação e alguns aspectos técnicos, quero dizer que o enredo, assim como todo o resto é uma grande homenagem ao espírito de liberdade americana da década de oitenta. E como a maioria dos enredos da época, ele tem sim alguns furos bem óbvios. Mas graças a proeza de seus roteiristas e da equipe responsável pela série, que consegue empregar com um louvor inigualável toda a sensação de mistério que a série precisa, esses furos não vão te incomodar em absolutamente nada na hora de assistir a obra.

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Os “adolescentes” da série são bacanas, até.

Então sim, temos furos de enredo e não eles não vão te incomodar. Sobre as atuações…cara eu não tenho nada a reclamar. Os personagens secundários interpretados por David Harbour (O delegado Jim Hoppe), Charlie Heaton (o irmão de Will, Jonathan Byers), Cara Buono (a  mãe de uma das crianças, Karen Wheeler) e os próprios Modine e Ryder cumprem muito bem seus papeis. A única que deixa a desejar é Natalia Dyer como Nancy Wheeler, mas acho que a culpa não é nem da atriz, mas sim de seu papel, que é meio…meh. Até o personagem Steve Harrington, interpretado por Joe Kerry (que fez sua estreia na série!) é mais bacana que o de Dyer. Enfim, eu só falei de todos estes indivíduos aqui para dar foco a quem merece: O elenco mirim.

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Millie Bobby Brown, Gaten Matarazzo, Finn Wolfhard e Caleb McLaughlin: Os motores da série.

É comum vermos bons atores mirins por aí. Muitos dos grandes nomes de Hollywood que conhecemos hoje começaram bem novos. O difícil é ver atores como Millie Bobby Brown e Finn Wolfhard. O jovem Mike e sua nova amiga Eleven/Onze (carinhosamente apelidada de “On”) simplesmente dão um show de atuação! Dustin e Lucas (personagens de Matarazzo e McLaughlin) também são ótimos e servem como um alívio cômico bem estabelecido e inteligente. Mas todos sabemos que Millie tem o trabalho mais difícil ali: Sua personagem tem pouquíssimos diálogos, sendo restrita a umas poucas respostas e frases curtas e a expressões faciais. E mesmo assim, a garota simplesmente arrasa! Ela consegue passar toda a profundidade de sua personagem com primor e merece aplausos (não só por sua atuação como por ser a criança mais fofa da série junto com o desaparecido Will Byers de Noah Schnapp…ah para velho todos eles são fofos *–*).

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Parabéns a todos os envolvidos. Como faço pra levar eles pra minha casa?

Pra finalizar, acho que não dá pra falar muito dos efeitos visuais. Eles são bem…fracos em algumas horas, não sei se é de propósito para lembrar filmes trash ou se foi por questões de orçamento, mas são bem aceitáveis no geral. O destaque técnico vai para a fotografia que está simplesmente do caralho (como sempre a fotografia das séries da Netflix são ótimas) e para a trilha sonora. A abertura da trama é simples, mas é uma das mais da supimpas que eu já vi numa série, graças a sua soundtrack que é impecável. Tanto as músicas originais quanto as escolhidas são ótimas e trazem todo aquele ar nostálgico/hipster/cult sensacionais. Os jogos de câmera também são muito bem executados, só pra constar.

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Enfim, Stranger Things é uma daquelas séries “must watch” pra todo e qualquer assinante da maior rede de streaming da atualidade. Como já devem ter lido em outros sites, a série  pega a qualidade da composição de John Carpenter, os traços de direção de Spielberg e as características de enredo de Stephen King e bate no liquidificador pra depois acrescentar uma grande pitada de referências ao estilo low-tech tão amado por todos nós e produto final é uma das produções mais bacanas e espirituosas desses últimos tempos.

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Sério,onde clico pra levar eles pra casa  *-*?

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

  • + Atuações aceitáveis por parte do elenco secundário, destaque para David Harbour (gostei muito do personagem dele)
  • + Atuação primorosa por parte do elenco mirim (acho que já deixei isso claro né?).
  • + Aura de mistério é muito bem estabelecida e o espírito oitentista é transmitido de maneira muito imersiva. O selo de “Referências Nostálgicas” está garantido.
  • + Sem palavras quando a direção, fotografia e trilha sonora. São os elementos que mais contribuem para a imersão ao período apresentado, junto com a direção de arte.
  • – O enredo é muito bom, mas tem falhas/buracos notáveis e isso pode irritar um pouco os mais “exigentes”.
  • – A personagem de Natalia Dyer me irritou um pouco.
  • – Porra só 8 episódios!? Sério!? Eu sei que vocês queriam testar a aceitação da galera (curti o “O que achou desse episódio?”, nice atenção ao feedback) mas puxa, muito curta! Pode cancelar as outras produções e trazer a segunda temporada por favor.
  • Porque o nome da Winona Ryder é o primeiro a aparecer na abertura? Sério, isso me incomodou. Porque não por o nome do elenco mirim de cara sendo que eles são os protagonistas? OK eu sei que o nome da Ryder é um chamariz mas eu achei meio que falta de consideração. Sei lá.

Enfim, tá esperando o que? Os oito episódios da primeira temporada de Stranger Things estão disponíveis no Netflix e valem a pena ser assistidos em maratona então corre lá e cura nossa página no Facebook para ficar ligado nos próximos posts!

NOTA FINAL: 9,5/10

Crítica por Josuá Ventura Nobre

 

 

 

 

 

 

Um comentário sobre “Crítica | Stranger Things – Season 1

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